A odisseia começou com o reunir dos 6 atletas do Millenniumbcp – 2 vieram de Évora, 2 do Tagus, 1 de Lisboa e outro de Sintra. Um grupo muito coeso, ao longo destes 3 dias.
Começámos com uma viagem de 5 horas, com chegada a Peso da Régua ainda a tempo de levantar os dorsais e assistir à actuação do Grupo Folclórico da Casa do Povo de Barqueiros Mesão Frio, no Museu do Douro.
A seguir, jantar rápido para tentar descansar um pouco – quase ninguém o conseguiu fazer ! – antes da alvorada, às 03h45m da matina !
A organização tinha um pequeno-almoço substancial, para todos os atletas que o solicitaram (mediante um pagamento de 4€). Sem reclamações.
Às 05h00m partiram os autocarros, com os atletas da prova dos 44km, em direcção a Mesão Frio. Chegada cerca de 15/20m depois. Único ponto negativo a apontar à organização : o tempo de espera até à hora de partida 07h00m, foi demasiado.
Às 07h00m começou a prova !
As minhas limitações pessoais não me permitiram preparar convenientemente – ou pelo menos, como eu gostaria ! – para esta prova. Como tal, tinha decidido fazer a caminhada (de 15km). No entanto, o N/ seccionista Edu concordou que se eu não me considerava preparada para fazer o trail, deveria optar pela caminhada… dos 44km ! Após consultar o regulamento da prova, constatei que tería 12h de tempo máximo para fazer esta prova. Resultado : levei em consideração a sugestão do Edu.
Assim que saímos da povoação de Mesão Frio, começaram as subidas.
Depois de várias subidas por entre as vinhas – com umas paisagens espectaculares pelas encostas vinhateiras, aldeias e casarios com gentes muito simpáticas e espantadas com aqueles forasteiros loucos que ali passavam, e desejando-nos sempre um “vá com Deus” – chegámos à 1ª descida a pique, por volta do km 11.
Foi uma descida vertiginosa de cerca de 2km, até Ferraria.
Logo a seguir, regresso às subidas por entre as quintas serpenteando o vinhedo, carregado de uvas, pronto para a vindima.
Se no começo da prova, fomos acompanhados por algum nevoeiro, por volta das 12h o sol apareceu e foi mais uma dificuldade a acrescer às subidas e descidas a pique.
Em Fontes, o 2º abastecimento foi no quartel dos bombeiros - local da junção da prova dos 80km com a dos 44km.
Em Santa Marta de Penaguião, fomos brindados com um Porto tónico – Vinho do Porto Moscatel, água tónica, ¼ de rodela de limão e uma folha de hortelã – ao dispor dos atletas. Atravessámos o campo de futebol, mesmo pelo meio, que foi regado propositadamente para refrescar os atletas – soube mesmo bem !
Ao longo de toda a prova, as gentes locais indicava-nos onde estavam as torneiras e tanques, para nos refrescarmos e reabastecermos os bidons de água fresquinha – uma ajuda preciosa !
Intervalando com as vinhas, a abundância de maçãs, romãs, marmelos e figos, que de tão carregadas as árvores, caiam ao chão. Abóboras enormes, penduradas nos muros de xisto, que separavam as vinhas, eram também uma constante.
O 3º e último abastecimento foi a cereja no topo do bolo : com um começo da subida de maior inclinação da prova ao km 32,5, e terminando com a chegada ao dito abastecimento ao km 35. De tal maneira violento que, os voluntários nos aconselhavam e ajudavam a sentar nas cadeiras, oferecendo-nos – de imediato – copos cheios de sal (para além de água, coca-cola, fruta, bolachas, e outros sólidos ao dispor em todos os 3 abastecimentos). Após esta paragem, muito bem vinda, ainda tínhamos mais de 1,5 km de subida, mas já não tão inclinada, a última.
A seguir, e até à meta, era sempre a descer. Parte da descida foi feita por uma estrada romana, que acrescentava dificuldade à inclinação a pique com as pedras escorregadias.
O percurso só suavizou quando chegámos a Peso da Régua, e fizemos os últimos quase 2 km pela ciclovia, junto ao Douro.
Subida de 500 metros, e eis que chegámos ao jardim do Museu do Douro onde estava colocada a meta com pórtico florido (original e bonito), e onde tivemos uma simpática recepção por parte da organização, amigos, família e gentes locais.
Terminada a prova, para além de um último abastecimento à nossa disposição, de um novo Porto tónico (aqui sim, pude apreciá-lo !), tínhamos uma vasta equipa de fisioterapeutas muito simpáticos à nossa espera.
No dia seguinte, na cerimónia de encerramento, novamente o grupo folclórico brindou-nos com uma bonita actuação durante quase uma hora, onde voluntários – o nosso atleta Paulo Pinto, incluído – puderam dar um pezinho de dança em parceria com os elementos do grupo : bonito de se ver !
Parabéns à organização !
EQUIPAS
Classificação | Equipa | Pontos Trail | |
1 | DESNÍVEL POSITIVO | 18 | |
2 | SNEAKERS POWER / APRT | 11 | |
3 | FALCÕES SELVAGENS | 7 | |
4 | CLUBE MILLENNIUM BCP | 6 | |
5 | GAIA-RUNNING | 5 | |
6 | K2RUN | 4 | |
7 | CLUBE PORTUGAL TELECOM ZONA NORTE | 4 | |
8 | CENTRO VICENTINO DA SERRA | 3 | |
9 | BILARUNNERS | 3 | |
10 | MINHO AVENTURA | 3 | |
11 | BTT TRILHOS DE PENAGUIÃO | 3 |
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