domingo, 1 de junho de 2014

Trail Piodão - 2014

Realizou-se em Piódão no dia 29 de Março de 2014 a segunda edição do Ultra Trail Inatel Piódão. Esta edição contava com 3 provas distintas em termos de distancias (50km, 21km e caminhada) tendo participado na versão Ultra (50km) 8 atletas do clube e na versão Trail (21) participado apenas 1 atleta.
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A prova reveste-se de grande beleza a serra onde é realizada é a do Açor, e para além da beleza natural que revela, estamos permanentemente a ver quer a Serra da Estrela com os cumes nevados, quer a serra da lousã. Desta forma o cenário natural é fabuloso, duro mas fabuloso.
clip_image002[6]Toda a envolvente humana na zona é também bastante bonita, estando muitas das aldeias de xisto bem recuperadas e habitadas. Piódão é um exemplo da recuperação dos edifícios mantendo a traça e materiais originais.
Apesar da chuva e neve que se tinha verificado os dias anteriores, o dia estava muito agradável, sendo possível correr só de camisola sem recurso a muita roupa térmica.Em termos de participação a prova foi bastante concorrida, estando presentes para o ultra trail cerca de 170 atletas e na versão trail 260.
Relato da prova
Com inicio às 9:00 horas, a partida foi dada junto à pousada do inatel, iniciamos um percurso que passa por Piódão até iniciar a primeira grande subida passando por Chã das Éguas,
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passando ainda por São Pedro do Açor a 1300m e descendo a Malhada Chã pelo trilho mineiro passando pela nascente do Ceira, onde existia um posto de abastecimento alegre, com direito a “toca a rufar” para todos os atletas que por lá passavam. Estavam feitos assim os primeiros 14km.
Este abastecimento dividia as provas do Ultra e Trail.
Todo o percurso é feito num estradão rápido com uma paisagem cénica de morrer, ao longe a Torre e quando mudamos de zona da montanha os cumes nevados do Pico Cebola.
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Restabelecida a energia, arrancamos para uma subida com início na cota dos 800m e termino nos 1400m durante 6 km. Sem grandes desafios técnicos, feita por single track ou estradão lá fomos em direção ao topo onde temos as eólicas

e no Pico Cebola encontramos neve.

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Nesta zona o frio fazia sentir-se, vento gélido obrigava a recorrer ao Buff e camisolas de manga comprida para evitar o frio. No final da subida inicia-se uma descida por estrada durante 2 km, onde o gelo é constante, obrigando a alguns cuidados redobrados. E quando tudo parece acabado vem a primeira descida técnica. São perto de 1,5 km de descida em cascalheira e pedra solta sempre com desnível acentuado a exigir muita atenção para não cair e a provocar intensidade física nas pernas.

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Chegamos então a Covanca onde restabelecemos os níveis energéticos e retemperamos os músculos.
Daí seguimos para Fórnea por caminhos de Single track muito bonitos vendo por muitas vezes casas de xisto e acompanhando o ribeiro.
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De Fórnea vêm boas notícias estamos com 30km e “só” temos mais duas subidas e uma descida até à meta. A primeira subida é denominada por serpente, corre por um single track até ao topo onde se encontram as eólicas. Para mim a subida mais dura da prova, são 2 km penosos e vagarosos a serpentear a montanha até chegar ao seu cume.
Chegados às eólicas vem novamente o frio.
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Vento gélido e nuvens obrigam a calçar as luvas e a usar novamente o Buff como cachecol e gorro. Começa um percurso rápido por estradão,
são cerca e 6km feitos a correr com descidas e subidas até à base da subida para o Alto do Colcurinho.
A partir daqui vem a ultima subida, ingreme e inclinada, por estradão e pedra solta, vamos acompanhados pela Serra da Estrela como fundo.
No alto do Colcurinho contamos com 41km temos direito a sopa (para uns quente para outros morna)

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mas que nos prepara para os 7 km de descida rápida até Foz de Égua. Foi interessante perto do final ter uma zona tão rápida. Por muita vontade que houvesse em andar devagar, era de todo impossível, pois a descida obrigava a correr.

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Foz da Égua é um casebre recuperado e muito bonito que está a um par de km de Piódão,
daqui seguimos por um riacho até à meta.
Claro está que a meta é no Inatel, que por coincidência está no topo de uma subida com declive acentuado.
No final, contamos com cerca de 50km nas pernas tendo subido perto de 2800m, um desnível positivo elevado considerando a distância da prova.
Como conclusão a prova é de uma beleza elevada, a montanha está no estado bruto e as paisagens são de cortar a respiração. O ambiente que se vive é muito bom, podendo apenas apontar melhorias aos abastecimentos, onde falta mais variedade e representatividade da gastronomia local. Nas provas longas as batatas fritas, marmeladas e mel, podiam ser consubstanciadas por pão, queijo e outros entreténs para desenjoar as doses de açúcar a que somos submetidos.
A componente mais importante foi o resultado do atleta Jorge Lanzinha na prova de trail, tendo obtido o segundo posto no escalão.
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