terça-feira, 17 de abril de 2012

XIV Edição das LXVII Milhas Romanas – 100 km - 2012


Realizou-se na 6.ª-feira dia 13 de Abril de 2012 a XIV Edição das LXVII milhas Romanas (100 km) na cidade de Mérida – Espanha.
O Clube Millenniumbcp fez-se representar por 3 Atletas, a Maria Gabriel Ribeiro (Gaby), o Eduardo Ferreira e o Jorge Lanzinha.
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Esta prova tem 4 particularidades.
1.ª - A saída. É efectuada às 21h (hora espanhola) e esta é feita pelas 9 badaladas da torre da igreja que fica na praça de Espanha.
2.ª – O percurso, está divido em 3.
O 1.º na distância de 27,39 km (cor vermelho);
O 2.º na distância de 27,73 km (cor amarelo);
O 3.º na distância de 44,8 km (cor verde).
3.ª – Há tempo estipulado para a saída nos controlos de passagem. Ou seja, se chegarmos adiantados em relação ao tempo que a organização tem estipulado para os controlos, teremos que ficar à espera que chegue a hora para podermos sair.
4.ª – A organização disponibiliza a cada Atleta, um passaporte com o n.º do dorsal e onde consta os respectivos postos de controlo que coincidem sempre com postos de abastecimento, e neste, é colocado um carimbo atestando a passagem do Atleta.
Mas vamos ao relato da prova.
Com as 9 badaladas do sino da igreja da “Plaza de España”, como já tinha dito atrás, lá saímos para o 1.º percurso (27,39 km de distância). Depois de sairmos da cidade de Mérida, efectuamos um percurso junto ao rio Guadiana, onde existe o 1.º ponto de controlo, estamos com 6,24 km e cerca de 45 min. de corrida.
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Efectuado o carimbo no passaporte e o consequente controlo, efectuamos o percurso na direcção inversa. Entramos novamente em Mérida num percurso que nos leva pela ponte nova. Para irmos fazer parte do 1.º percurso, ainda junto ao Guadiana, mas no lado oposto ao que já tínhamos feito anteriormente.
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Nesta parte do percurso temos necessidade de em determinadas alturas caminhar, a fim de não entrarmos no 2.º controlo antecipadamente. À chegada ao 2.º controlo, estamos com cerca de 19 km e 2.10h de prova. Voltamos novamente em sentido inverso na direcção de Mérida e entramos na cidade pela ponte romana e em direcção ao pavilhão Diocles, para o 1.º grande abastecimento e 3.º controlo. Aqui estamos com 27,73 km e 3.09h de prova. E o 1.º percurso realizado. Os 2.º e 3.º percurso não tinham repetições nos mesmos. Ou seja, saímos por um lado e voltaríamos por outro.
Saída para o 2.º percurso (27,73 km de distância), aqui vamos na companhia de vários atletas portugueses. Diga-se em jeito de comentário, que a comitiva portuguesa para esta prova era grande. Vários atletas de diferentes pontos de Portugal.
Rapidamente percebemos que os outros atletas portugueses não estavam muito agradados com a prova. Primeiro porque era quase toda ela feita de noite, segundo porque não tinha grande altimetria. Assim ficamos 3 atletas do clube Millenniumbcp e mais um atleta que já estava connosco desde o início de seu nome Tiago Dionísio e que não mais nos largou até à meta.
Saída de Mérida em subida, a maior que tivemos, mas não ultrapassou os 600 metros, para iniciarmos uma descida que nos leva ao 4.º controlo. Este está, aos 36,87 km e levamos cerca de 4.25h. Abastecimento rápido, de água, bebida isotónica, banana, e pouco mais.
A progressão em toda a prova é feita em estradões rurais e de vês em quando, alcatrão. Não há trilhos nem grandes dificuldades de progressão.
A chegada ao 5.º posto de controlo é feito junto a um lago. Fazemos este lago (Lago Proserpina) pela margem esquerda e chegamos ao posto com 44.43 km e 5.19m de prova. Mais uma vez abastecimento rápido. O abastecimento tinha laranjas, bananas, água, coca-cola, bebida isotónica e mais umas coisas tipo “bolicaos”. Apetecia-me laranja, mas não percebi porque não as tinham cortado. Se calhar era para não serem consumidas… e descascar uma laranja aquelas horas também não me apeteceu fazê-lo…
Chegada mais uma vez ao pavilhão Diocles, é a 2.ª vez, onde é efectuado o 6.º controlo e estamos com cerca de 55 km e 6.41h de prova. Abastecimento grande, mas o Eduardo não deixa que nos dispersamos muito. Podemos ir ao saco, o que fazemos para nos abastecermos de gel, barras e frutos secos. É comer beber e sair. Já há alguma dificuldade física. Umas quantas dores musculares, mas nada que nos impeça de partir para o 3.º percurso (44,8 km de distância).
Quando estamos a chegar ao final do 2.º percurso, ainda há atletas a sair para este…
A saída mais uma vez é feita pela cidade de Mérida e desta feita em direcção a norte. Percorremos cerca de 3 km dentro da cidade, para depois entrarmos novamente em estradões predominantemente rurais. Como é de noite não dá para ver nada. Ouvíamos os cães a ladrar, algum gado que se agitava à nossa passagem os pássaros de quando em quando e nada mais. Neste troço choveu pela primeira vez. Nada de preocupante. Sentíamos o vento cada vez mais forte, como que a puxar a chuva. Chegados ao 7.º posto de controlo, estamos com 61,94 km e com 7.39m de prova.
Saímos e rapidamente percebemos que vamos ter chuva como companhia. O que não demora muito a acontecer. Começa por cair com pouca intensidade e intermitente. Não chateava e até sabia bem. Chegamos ao 8.º posto de abastecimento. Este está colocado dentro de um edifício da piscina municipal. Quando entramos está um atleta que desistiu já embrulhado num casaco que lhe tinham emprestado. Está-se bem dentro do edifício. Estamos com cerca 69,56 km e 8.35h de prova. Comemos, bebemos e quando saímos por causa da paragem e como os nossos níveis de energias já estão bastante debilitados, percebemos que o frio e a chuva, se não começássemos a correr, rapidamente poderíamos entrar em hipotermia. Toca a agasalhar e toca a correr. Aqui tivemos um engano para irmos para o percurso correcto. Valeu-nos um atleta português que vinha na nossa direcção e que já tinha feito a prova noutros anos e nos indicou qual o caminho a seguir.
Chove com mais intensidade, mas ainda dá para suportar. O facto de corrermos e andarmos rápido ajuda a manter o corpo quente e a progressão continua a ser feita de forma célere. E chegamos ao 9.º posto de controlo. Estamos com 78,89 km e cerca de 9.55h de prova. Já se nota o cansaço. A prova é muito rolante e nós temos vindo a fazê-la a bom ritmo. Abastecimento rápido, pois não podemos estar muito tempo parados. A chuva e o vento aqui não dão tréguas. E vai ser assim durante os próximos 12 km. Chuva, vento e frio!!
Começa a amanhecer, já se vem os pássaros a voar de um lado para o outro. Os galos a anunciarem esse mesmo amanhecer. Desligamos os frontais. E lá vamos em direcção ao 10.º posto de abastecimento e controlo, que acontece em S. Pedro de Mérida aos 86,63 km e com cerca de 10.56h de prova.
Saída, mais uma vez rápida, em subida ligeira e em alcatrão. Nesta fase chove com mais intensidade e o vento vem-nos a fustigar de frente. Não estávamos preparados em termos de roupa para esta chuva, mas agora não há nada a fazer é seguir. Vamos al lado da auto-estrada que vai para Madrid. Alguns automobilistas buzinam para nos saudarem. Estamos a chegar ao último controlo e abastecimento que acontece na “Plaza de España” de Trujillanos. Estamos com 90,86 km e 11.32h de prova. Como nos anteriores, rápido abastecimento e saída à chuva. A chuva e o vento acabam por parar.
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Ao km 95 está um fotógrafo dentro do carro a tirar fotografias que nos informa que quem ficou em 1.º lugar foi um português (João Faustino) e sacou-me esta foto. Já não vinha nas melhores condições… J
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A partir daqui foi a correr e andar até à meta. Entrada em Mérida em corrida, algumas subidas feitas a andar, mas a subida onde estava instalada a chegada na “Plaza de España” em Mérida já foi feita a correr bem como as ruas que nos levavam à meta.
Efectuamos os 100 km (XLVII Milhas Romanas) em 13.10h.
Para nossa surpresa e dela, a Gaby ganhou a prova feminina!!
Parabéns Gaby!!
A Gaby, o Eduardo Ferreira, o Jorge Lanzinha e o camarada que se juntou a nós o Tiago Dionísio ficamos na 9.ª posição da geral, todos com o mesmo tempo.
Em jeito de conclusão, é uma prova rolante. Ideal para quem gosta de correr durante largos períodos de tempo e distância. Não tem grande altimetria. Organização simpática. Os abastecimentos podiam ser melhores (banana cortada, laranja cortadaJ).
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