domingo, 8 de abril de 2012

Oh Meu Deus – Vila do Rei



Realizou-se no passado sábado dia 10 de Março de 2012, a 2.ª etapa Oh Meu Deus - Ultra-Trail de Vila de Rei na distância de 60 kms (para além desta corrida havia também o Trail na distância de 40 Kms e o Mini Trail com 20 Kms).
Prova organizada pelo “Oh Meu Deus”, que já tinha organizado a 1.ª etapa em Proença-a-Nova na distância de 50 Kms, o Ultra-Trail e culminará na organização da 3.ª etapa, também um Ultra-Trail, a realizar em Manteigas – Serra da Estrela, na distância de 104 kms.
Mas vamos ao relato desta 2.ª etapa.
À partida o Clube Millenniumbcp, fez-se representar por 3 atletas, o Francisco Reis, o Eduardo Ferreira e eu (Jorge Lanzinha).
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Saída dada para o Ultra-Trail, às 8.30h., depois do primeiro km dentro da localidade, rapidamente passamos aos trilhos e caminhos que caracterizam estas provas. Com uma 1.º subida com alguma inclinação, para chegarmos ao centro de Portugal, e ao marco Geodésico que assinala isso mesmo. Estamos com cerca de 4kms. 1.º abastecimento, só líquidos, ou por outra, só água.
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Saída do “Centro de Portugal”, a descer, passando depois para uma zona mais direita o que permite uma boa progressão no terreno, quase até aos 10kms. Aqui iniciamos uma subida ligeira, para depois iniciarmos uma forte subida num corta-fogo, com cerca de 37% de inclinação e que nos levaria a um outro marco geodésico, situado no topo. A chegada ao topo e efectuada por trilho técnico, com uma vista deslumbrante. Estamos com cerca de 12 kms.
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Início de descida técnica ainda no sopé do monte, em rocha e aqui com cuidado redobrado, pois ao colocar mal um pé, pode trazer consequências desagradáveis. Se bem que há atletas a descer neste tipo de terreno, que mais parecem “gazelas”…, tal a velocidade com que descem!!. Entrada em terrenos de agricultura, com boa progressão, pese embora uma ou outra subida, sem grande preocupação, nem tecnicidade. Estamos com cerca de 14.90kms.
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A partir daqui começamos uma descida, com alguns troços técnicos. Estamos no km 16,5 km e 2.º abastecimento. Só líquidos, água e coca-cola. Continuamos a descer em direcção ao rio/ribeiro. Andamos cerca de 3 kms no rio/ribeiro, onde acabei por escorregar e cair. Nada de grave. Saída do rio em trilho com forte súbida e chegada à povoação de Trutas e ao 3.º posto de abastecimento. Líquidos e sólidos (para além da água e coca-cola, batata frita, maçãs, havia uma panela de caldo verde, estava fixe!). Estamos com cerca de 20 kms.
Saída do 3.º posto de abastecimento a subir para entrarmos em zona que não sendo totalmente plana dava para progredir a bom ritmo. Descida em direcção à povoação de Aveleira, com passagem pelo meio desta. Para trás tinha ficado aquilo que se me deu a aperceber o que teria sido uma aldeia abandonada. Estamos com cerca de 26 kms. O calor faz-se sentir, não fosse o vento e a progressão poderia ser mais lenta. Depois de 1 ou 2 kms alternando entre subida e partes planas, iniciamos uma subida noutro corta-fogo. Progressão lenta, como disse o calor a fazer-se sentir, mesmo assim vamos ultrapassando atletas que não se dão tão bem com estas subidas. Início de descida (tudo o que sobe desce, o contrário também é valido) com passagem pela povoação de Cercadas. Estamos com cerca de 28,5 kms. Continua a descida até chegarmos a um braço da Barragem de Castelo de Bode. É visível a falta de água, andamos em terrenos que se não fosse um ano de seca, nunca poderíamos andar. Tal o abaixamento de cota do nível de água. A progressão é feita junto à margem. Com um ou outro nível de dificuldade.
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A saída do braço da Barragem de Castelo de Bode, é feita por um sítio, para mim talvez um dos mais bonitos de todo o percurso. Subida em escadas naturais a pedir atenção com vista fabulosa. clip_image018clip_image022


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Aqui dá-se a separação entre o Ultra-Trail e o Trail. Estamos com cerca de 33 kms, e 4.º abastecimento. Sólidos e líquidos, em tudo idêntico ao anterior, só não havia sopa.
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Início de descida que nos leva ao longo de um rio/ribeiro durante um bom par de kms (quase 10 kms). O rio/ribeiro é atravessado cerca de 8 vezes, a molhar os pés e pernas. Sabe bem, o sol não tem vindo a dar tréguas. À quem aproveite e dê mesmo um mergulho.
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Subida forte sem grande tecnicidade, seguido de caminhos rurais e chegada à povoação de Lousa, para o 5.º abastecimento. Sem grande variação em relação aos anteriores. Sólidos e líquidos. Estamos com cerca de 41 kms.
Saída do 5.º abastecimento, em terrenos com alternância entre subidas curtas e descidas também elas curtas e sem grande inclinação. O cansaço nas pernas já se faz sentir, mas não há problemas de qualquer ordem. Passagem pela aldeia de Água Formosa, seguindo em estradão em fase de subida, não é ingreme, mas é prolongada. Estamos quase a chegar ao 6.º e último abastecimento. Sólidos e líquidos e aqui havia uma canja. O Eduardo já não me deixou comer a canja. Estava com “stress”. Tinha sido passado por uma mulher e no abastecimento tinha conseguido passá-la…. Estamos com cerca de 56,5 kms. Meta à vista!!
A saída do último abastecimento, requeria alguma destreza, habilidade e os sentidos todos em alerta. Forte subida em trilho técnico com alguns precipícios, não era uma subida muito longa, mas era íngreme e como disse a requerer cuidados redobrados.
A entrada em Vila de Rei é feita por caminhos rurais e estradões em subida, nada de preocupante e chegada à Meta. Foram 61 kms em que o Francisco Reis gastou 8.30m, ganhando o escalão dele. Parabéns Francisco!!, e o Eduardo e eu, gastámos 9.58h.
Depois tomar banho no Pavilhão Municipal e jantar na Albergaria D. Dinis.
Resumindo: prova bem marcada, só se enganava quem fosse distraído. Prova dura. Havia alguns “craques” a queixarem-se de que esta prova tinha sido mais dura que os Trilhos dos Abutres. Não achei. Mas que era dura, lá isso era.
No que diz respeito aos abastecimentos, podiam de deviam ser um tudo nada melhores. Faltou a laranja!!
Fotos da Prova

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