terça-feira, 10 de agosto de 2010

II TRAIL NOCTURNO DA LAGOA DE ÓBIDOS - 2010

Decorreu no dia 7 de Agosto de 2010 o II TNLO- Trail Nocturno da Lagoa de clip_image002Óbidos que percorreu os caminhos e trilhos do concelho de Óbidos.
Nesse dia, ocorreram em simultâneo 2 provas e uma caminhada não competitiva, ou seja, uma prova principal com 42,2 km, uma prova curta com 23,3 km e uma caminhada com 11 km, todas com o início marcado para as 19:30.
As provas tiveram uma partida simbólica e chegada no recinto designado “Jogo da Bola”, no interior das Muralhas. A partida competitiva deu-se na porta da Vila de Óbidos.
O percurso inicial foi comum às duas competições, com passagem por Santo Antão, Trás do Outeiro. A partir do 7º km seguiram sempre ao longo da margem da Lagoa de Óbidos, passando pelo miradouro do Arelho.
Ao km 11 deu-se a separação do TNLO-curto, seguindo o TNLO-longo pelo Covão dos Musaranhos, Bom Sucesso, Praia, Duna do Gronho, seguindo pelas arribas até às proximidades da praia D´El-Rei. Regresso a Óbidos pelo sul da Urbanização do Bom Sucesso, percorrendo caminhos rurais.
O nosso clube fez-se representar com o maior n.º de participantes repartido pelas duas Provas.
“Correr ao lusco-fusco” foi o lema desta 2ª Edição do Trail Nocturno Lagoa de Óbidos.
Para esta minha 2ª aventura em trail (a 1ª tinha sido este ano nos trilhos do Pastor – 28 Km), contei com a parceria do nosso colega Mário Marcelino, com o lema “Começamos juntos, terminamos juntos”. Começamos ainda de dia com sol e só ligámos os frontais quando o sol já estava para ir deitar-se.
No 1º abastecimento, ao 9km, apenas bebi um copo de água, pois levei a mochila com abastecimento próprio; água, barras ,e cubos de marmelada.
clip_image004Fiquei contente quando me deparei com a solução para atravessar um dos canais que alimentam a Lagoa, uma “espécie” de ponte feita com paletes de madeira e cordas, (pois já me estava a ver a atravessá-la a nado).
Passado pouco depois da separação da Prova curta da Longa, que ocorreu ao 11km, cometemos um erro quando está uma linha branca no chão, fazendo com que virássemos à esquerda, o que viríamos mais tarde a perceber que nos tínhamos enganado e que estávamos a seguir fitas de uma prova de BTT.
Virámos para trás e encontrámos mais atletas perdidos. Depois de umas trocas de palavras, lá encontramos a direcção certa.
Chegados à praia, ao 18,5km, deparamos com o 2º abastecimento.
clip_image006Depois de nos saciarmos, reiniciamos a corrida ao longo de um troço de areia. Conseguimos correr até à duna, aproveitando a partir de certa altura uma passadeira de madeira.
Subimos a duna com grande dificuldade, pois quando o pé da perna de balanço assentava na areia, este enterrava-se e vinha ao encontro do pé de apoio (parecia que estava a andar.... parado!); foi um grande esforço até chegar ao abastecimento dos 24,5km.
Depois do esforço da duna, eis um banquete espectacular. Tinha tudo o que era preciso, “nacos” de marmelada, frutas, cereais, coca-cola, água, bolachas, etc.
Aproveitamos para tirar uns quilos de areia das sapatilhas, devidamente sentados e
atestamos de água as mochilas.
Confesso que não apetecia mesmo nada sair dali. Ainda por cima ficámos a saber que o Benfica tinha perdido por 2-0.
Com bastante pena, tivemos de prosseguir. Aconteceu-me ficar a tremer com frio, o que me assustou um pouco, mas passado pouco tempo recuperei e lá fomos a correr pelo meio dos campo escuros.
Passamos por umas descidas escorregadias. Conseguimos passar sem cair, apenas umas escorregadelas de traseiro.
No abastecimento dos 34,5km, parecia que havia uma festa, pois ao aproximarmo-nos, ouvimos uns fortes incentivos e música. À nossa chegada, fomos recebidos por umas 3 simpáticas e alegres raparigas. Bebemos mais uns copos (de água) e procuramos manter a boa inspiração dado o ritmo.
O piso era agora praticamente plano e de boa qualidade, mas as pernas já contavam com muitos km. No entanto o desejo de chegar era cada vez era maior.
Pensei que, já que tinha chegado até aqui, também tinha de terminar. E começava a contar a distância que faltava para chegar ao “banquete final”.
Por volta do 40km, passamos dois atletas, e continuamos cheios de força, pois só faltavam 2km.
Depois da estrada alcatroada, continuamos a correr até inicio da subida da rampa de acesso ao Castelo mas as forças já estavam gastas e decidimos subir tudo aquilo a passo (aproveitando num determinado troço, a ajuda de uma corda) até entrarmos na mítica porta da chegada, onde ainda havia algum público a aguardar os atletas.
clip_image008
Fotos e aplausos das pessoas presentes, atletas da equipa e organização. Um momento para mais tarde recordar.
O tempo de 6h23m foi o menos importante, embora pudesse descontar 30m que foi o tempo que andamos perdidos, o que ficaria em qualquer coisa como 5h53m.
Após este esforço, foi um espectáculo olhar para a mesa recheada com coisas boas e fiquei por ali uns momentos a reconfortar a “barriguinha”.
A roupa estava molhada e começo a sentir frio. Precisava de um bom banho, mas apareceu o Eduardo.... Regressamos a casa...

Parabéns ao CAOB pela organização. Pena a questão das marcações que originou a muitos atletas terem-se enganado no percurso. No entanto, parece que aqui a responsabilidade (e a má-fé) é de terceiros.
clip_image010Para além da bela prestação de todos os nossos atletas, tanto no TNLO-Curto como na Prova Rainha dos 42 km, há que salientar o belíssimo 2º lugar, no escalão feminino, alcançado pela nossa Gaby, e o 6º lugar na Geral, conquistado pelo habitual Pedro Silva, com um excelente tempo.
Leonel Brandão
Fotos Oscar Marques

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